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Shavuot

Descrição da festa 

Chag HaShavuot surgiu como uma celebração da colheita da chita (trigo); os pães eram levados como sacrifício ao Beit Hamikdash, simbolizando o início da colheita. A importância dada ao alimento cotidiano é universal em todos os credos, o povo judeu destaca este acontecimento com muita ênfase. O povo de Israel recebeu a imposição de celebrar o Chag HaShavuot quando ainda estava no deserto, em terras estranhas, quando ainda sentiam em suas bocas o gosto amargo da escravidão. E, no Har Sinai (Monte Sinai), ao receber as Leis, escuta como deverá se comportar na colheita dos cereais em sua Terra, após nela estabelecer-se. Como antes, terá que sacrificar-se e, somente depois, começar a colheita. Ao plantar e ao colher, lembrar-se-á dos anos de escravidão, para que as gerações vindouras saibam e sintam por si próprias a pobreza e o exílio, pois assim vivia o povo judeu no passado.

A alegria do chag provém, antes de tudo, da ajuda e de Ahavat Israel. Tanto o pobre como o rico têm direito ao pri haadama, o fruto da terra. A bendição da terra é natural e se estende tanto sobre aqueles que possuem mais, como aqueles que são obrigados a colher no campo dos outros. O conteúdo de Meguilat Ruth, o Livro de Ruth, que é lido nos Batei Knesset em Shavuot, refere-se ao período das colheitas e destaca Ahavat Israel, conforme a conduta de Boaz com Ruth, pobre e estrangeira.

Shavuot e a colheita do trigo estão relacionadas a Eretz Israel e ao Beit Hamikdash. Mesmo depois da destruição do Beit Hamikdash e impossibilitados de realizar sacrifícios, a festividade segue sendo celebrada com alegria e devoção. Em Shavuot, 50 dias após o êxodo do Egito, bnei Israel encontram-se junto ao har Sinai e recebem o texto da Tora das mãos de Moshe Rabenu.

Atualmente, os ornamentos colocados no Beit Haknesset, durante os festejos, acrescentam ao lugar uma nota de alegria e satisfação. As flores e o verde agregam beleza e colorido à alegria dos participantes nas tfilot. 

*O aspecto religioso

Shavuot é observada pelos ortodoxos com estudos religiosos e, em Ierushalaim, por uma concentração maciça de fiéis no Kotel Hamaaravi.

Nas sinagogas, na véspera do primeiro dia, são lidos trechos da Tora e de outros livros do Tanach. Na manhã seguinte, a leitura do poema Akdamot transmite a idéia da revelação do har Sinai. Na manhã do segundo dia, é lida a Meguilat Ruth, sendo a história de Ruth, de Moav, uma das mais bonitas de toda a literatura do Tanach. Descreve a amizade, o amor e a dedicação de duas mulheres – Ruth e Naomi. Exalta a lealdade - lealdade à própria família, que planta, nos seres humanos, a semente da confiança, da fé e da lealdade que uns têm nos outros, crescendo, assim, a sólida lealdade do homem para com D’us. Enquanto viverem, os homens vibrarão com as palavras de Ruth, a viúva do filho de Naomi:

Não me instes para que a deixe, e volte e não a siga;
Porque aonde quer que vá, irei eu;
Onde quer que pouses, pousarei eu;
O seu povo será o meu povo,
E o seu D’us, o meu D’us.

A história de Ruth é ainda mais encantadora, porque apresenta vivo contraste com os tempestuosos tempos dos Shoftim, Juízes, durante os quais se passa - tempos tão obscurecidos com guerras e feitos cruéis. Houve anos, porém, naquele período, em que os judeus não estavam empenhados em guerras, quando colhiam (segavam) nos campos e trabalhavam em suas aldeias. O povo simples muitas vezes passava fome e aflição, e sofria com a separação das famílias, e até com a morte. Sem fé ou lealdade mútuas que os sustentassem, a vida lhes teria sido muito mais difícil. Além disso, os ricos auxiliavam aos pobres. deixando os cantos dos campos e tudo o que caía das mãos dos segadores, para os pobres, isto é, para que eles respigassem (o direito de respigar era ditado por lei bíblica).

A história de Ruth, repleta de paz e de beleza, se passa em Eretz Israel. Há nela o doce calor da terra, podemos “ver” o trigo e os cereais em campos ondulantes, e ouvir o canto dos respigadores que manejavam as foices. Meguilat Ruth relembra os velhos tempos do nosso povo e alguns de seus costumes. No final, conta como David, o rei maior de Israel, descende da adorável Ruth, a moabita.

Conceitos importantes

alia lareguel: peregrinação
zait/zeitim: oliva/s
bikurim: primícias
rimon: romã
Chag HaBikurim: Festa das Primícias
sal/im: cesto/s
Chag HaShavuot: Festa das Semanas
seora: cevada
Chag HaKatzir: Festa da Colheita
shibolet: espiga
Zman Matan Toratenu ou Chag Matan Tora:
Festa da Entrega da Tora
shivat haminim: sete espécies
chita: trigo
tamar/tmarim: tâmara/s
guefen: uva
teena: figo
lechem: pão
tene: oferenda
Luchot HaBrit: Tábuas da Lei
shloshet haregalim os 3 chaguim:
Sukot, Pessach e Shavuot
maachalei chalav: comidas lácteas
Meguilat Ruth: História de Ruth
pri/perot haadama: fruto da terra
sfirat haomer: contagem do omer
perach/prachim: flor/flores
omer: as 7 semanas entre Pessach e Shavuot
E mais os nomes dos legumes, verduras e frutas
que fizerem parte das diversas atividades

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